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A Biorregião

Atuais e potenciais ameaças da mudança climática da nossa biorregião:

 

 

  • Colapso do sistema de fornecimento de água em São Paulo;

  • Ambiente menos favorável para o plantio;

  • Diminuição da biodiversidade;

  • Proliferação de doenças;

  • Escassez hídrica/falta de energia;

  • Inundações e período de secas;

  • Ondas de calor e frio com efeitos direto na saúde, segurança e bem-estar;

  • Redução da oferta de alimento e de água potável;

  • Alteração qualidade do ar;

  • Erosão do solo por falta cobertura vegetal nas áreas de infiltração no entorno corpos D água existentes;

  • Possível comprometimento da estrutura metálica dos containers (base das unidades) pelo aumento temperatura e aumento incidência de raios infravermelhos, caso não seja adotado um solução de resfriamento térmico do telhado e paredes;

  • Aumento de animais nocivos a saúde como baratas e ratos.

 

 

Analisando os possíveis efeitos em cadeia que podem decorrer de uma crise ambiental,  onde os sistemas de abastecimento de São Paulo (onde está projetada a  Ecovila Urbana), como, água, luz e alimentos, pode colapsar facilmente, adotamos uma estratégia de resiliência e semi-suficiência em alguns destes aspectos no planejamento do assentamento, de forma a poder garantir alguma segurança aos moradores.

 

 

Estudo Macrorregião e biorregião:

 

Existem evidências de que eventos extremos como secas, enchentes, ondas de calor e de frio, furações e tempestades têm afetado diferentes partes do planeta e têm produzido enormes perdas econômicas. Há ainda impactos relacionados como alteraçõesna biodiversidade, aumento no nível do mar, e impactos na saúde, na agricultura e na geração de energia hidrelétrica que já podem estar afetando o Brasil assim como o restante do planeta. 

Estes fenômenos têm sido atribuídos à variabilidade natural do clima, mudanças no uso da terra (desmatamento e urbanização), aquecimento global, aumento da concentração de gases de efeito estufa e aerossóis na atmosfera.  Em todas as grandes cidades, como é caso de nossa Ecovila, o aquecimento também deve exacerbar o problema das ilhas de calor, no qual prédios e asfalto retêm muito mais radiação térmica que áreas não-urbanas.

Outro ponto crítico forte é que regiões afetadas pelas mudanças climáticas sofreram em grande massa uma migração de sua população para regiões de grande metrópole, acarretando em mudanças significativas no PIB de ambos os lugares.

 

 

 

Agricultura

Os impactos negativos na agricultura, segundo o estudo, podem ter repercussões para outros setores da economia, como indústria – especialmente a de processamento de alimentos - e serviços. Além disso, a ausência de terras cultiváveis irá gerar escassez de alimentos.

Diante desse cenário, haverá deslocamento da força de trabalho para outras regiões do país e para setores da economia menos impactados, além de migração e consequente transferência de capital e – as razões para a redução do PIB.

De acordo com o estudo Aquecimento Global e Cenários Futuros da Agricultura Brasileira, haverá perdas agrícolas de R$ 7,4 bilhões nas safras de grãos do Brasil, em 2020, num cenário mais otimista. No entanto, se for confirmado aumento da temperatura no cenário crítico, os números podem chegar a R$ 14 bilhões em 2070.

 

 

Saúde

Os riscos à saúde gerados pela mudança climática podem ser divididos em três categorias.

A primeira é a das doenças transmissíveis: os fatores climáticos podem acelerar os ciclos infecciosos e facilitar a dispersão espacial dos agentes microbianos e de seus transmissores.

A segunda diz respeito aos extremos de clima, quando podem ocorrer inundações, temporais e secas.

O terceiro efeito se dá na produção de alimentos, o que tem um impacto direto na saúde. Deve-se ressaltar que os efeitos do clima na saúde são indiretos, pois eles fazem parte de uma complexa rede que envolve também questões socioeconômicas, demográficas e ambientais.

O clima úmido e quente provocado pelo aquecimento global, poderia aumentar a incidência de casos de peste bubônica assim como de doenças tropicais como malaria, dengue e doenças do estômago. Segundo a Organização  Mundial de Saúde, um dos principais riscos que a saúde do Brasil – e dos países em desenvolvimento – corre com as mudanças climáticas é o do aumento dos casos de dengue, cólera e febre amarela. A dengue, especificamente, merece atenção, pois já temos ocorrências em bairros vizinhos de nossa Ecohousing.

 

 

 

Fontes de energia

Hidrelétrica - Com tendências de menos chuvas em todo o Brasil, as hidrelétricas – que hoje respondem por 85% da geração de eletricidade no Brasil – devem ter perdas significativas.

 

Recursos Hídricos

Os impactos decorrentes das mudanças climáticas deverão provocar alterações na quantidade e na qualidade dos recursos hídricos.  Em relação à quantidade, estudos realizados demonstram que a demanda por água tende a aumentar enquanto a disponibilidade hídrica tende a diminuir, principalmente nas regiões de baixas latitudes, como é caso do semi-árido brasileiro.

O diretor-técnico da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, professor Eneas Salati, explica que com vazões mais baixas e temperaturas da água mais elevadas, serão intensificados os efeitos da poluição nos corpos hídricos, reduzindo ainda mais a disponibilidade e a qualidade hídrica. “Mesmo nas áreas em que houver aumento de vazões prevê-se uma diminuição da qualidade, tanto pelo aumento da temperatura como pela elevação da carga poluente proveniente do escoamento superficial e da superação da capacidade das estações de tratamento e dos sistemas de esgotamento sanitário”, diz.

Ele ainda aponta que a alteração da temperatura atmosférica e oceânica deverá modificar a distribuição espacial e temporal dos índices de evaporação e de umidade no ar, potencializar eventos hidrológicos críticos, como chuvas mais intensas em determinadas regiões e secas mais prolongadas em áreas já castigadas pela escassez hídrica. A ocorrência de chuvas mais intensas tem como consequência a elevação do nível dos rios e o alagamento das várzeas, provocando enchentes.

Em áreas urbanas, a elevada impermeabilização do solo dificulta a absorção de água, potencializando as situações de inundação bem como de deslizamentos de encostas. Estiagens mais prolongadas poderão provocar situações de risco de colapso no abastecimento de água em várias regiões urbanas adensadas, inclusive nas principais metrópoles.

Outro problema a ser enfrentado nas áreas urbanas costeiras é a elevação do nível do mar e a intrusão de água salina nos lençóis subterrâneos que abastecem grande parte das cidades litorâneas do país.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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